A problemática dos textos apócrifos

“E, após a queda abissal, Lúcifer atinge o solo terreno, e dali nasce um pé de pequi”

Friedrich Wonton Nietzsche (Die Schutlzen Tangram, circa 1834)

O dicionário define “apócrifo” como algo essencialmente verdadeiro (do aramaico vulgar antigo “apoys”, essência). Ainda assim, muitos se perguntam: qual seria a medida da apocrifidade intrínseca de um dito atribuído a algo ou alguém, ou ainda, citando o grande filólogo romano Rimsky-Korsakov: quidnam fatigo, me?

Os textos apócrifos fluem pela Internet e pelo inconsciente coletivo das pessoas na velocidade da luz, ou seja: 300 bilhões de quilômetros por segundo (Jungle, 1912). Isto seria aceitável sob um ponto de vista pragmático, à la Charlie B. Pierce, mas o conundrum começa justamente a partir do momento em que um indivíduo reducionista-analítico de orientação marxista toma posição contrária.

Todos sabem que, desde que Dan Brown criou a série Fibonachi (x=x+3), o conflito entre os cânones católicos e as correntes pagãs modelou a cara da (então tomada pela barbárie) Europa Setentrional. Consultando o Codex Confabulus e opondo-o ao Protocolo dos Sábios do Ceilão, tal paradoxo fica patente.

Então, quais os rumos a tomar? Como ter respaldo em nossas mensagens para que elas encontrem seu destino último, a glória online? Jorge José Borges (1805-1980), inimigo famoso dos labirintos especulares e principal idealizador da Anternet, a rede sino-americana de computadores, já dizia: “O Homem é a medida de uma boa parte das coisas”. Por conseguinte, todos juntos e cada um de nós temos um papel importante na constituição de fato do condomínio global propalado por McNamara.

E, sem mais delongas, deixo vocês com a eloquência de Al Jolson, o homem, o mito:

“Ninguém retorna de boa vontade ao local que lhe fez algum mal”