A gravidade das poucas badaladas
A gravidez da madrugada
As pálpebras abertas empurram o olho pro fundo
E a alma queria repousar do mundo
A mente, quente, crepita descobertas
Deduções, desbrava trilhas que encontra abertas
O corpo tenso de fadiga, extenuado
Revolve-se vivo num caixão fechado
Em poucos minutos, mais uma noite em claro
Ferido pela friagem, pela claridade
ergo-me, rastejo, paro
Olho a janela e reaparece a cidade
Todas as pessoas e cores renasceram num piscar
Quando vejo isso tudo, tenho sono e vontade de sonhar