Tag: poesia
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A gravidade das poucas badaladas
A gravidade das poucas badaladas A gravidez da madrugada As pálpebras abertas empurram o olho pro fundo E a alma queria repousar do mundo A mente, quente, crepita descobertas Deduções, desbrava trilhas que encontra abertas O corpo tenso de fadiga, extenuado Revolve-se vivo num caixão fechado Em poucos minutos, mais uma noite em…
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Os prazeres e os dias
Os dias em que Os prazeres ocorrem Não ocorrem, não são dias São lapsos São grãos do paraíso onde não há tempo e onde os prazeres ocorrem
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Quandos
Nas horas erradas As mãos sumidas Meados da noite Confortos ausentes Ela não está quando chamo Não está, apenas quando chamo Não sei se devo pensar que é necessária a todo momento Se quando não está que é necessária Ignoro o que seja sua falta na hora que a tenho. Pronto pra morrer, Ignoro…
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Arrogância, nenhuma pompa
Arrogância, nenhuma pompa foi crucificado ou crucificou-se Seu martírio veio da pura imperfeição Genuína fraqueza, seus ferimentos, pois rastejava apenas Um incomensurável azar, seu carrasco Vivia crucificado Na horizontal, canetas fincadas nas mãos, uma viga de papel Letras, sílabas, palavras, versos, sobrepunham-se Formando a cruz E como não tivesse quem o erguesse a prumo Deitado…
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Minha ruína…
Minha ruína é culpa. A sua é virtude Minhas olheiras são culpa. As suas são honra Meu mundo fadado à destruição, quando o seu, transformação Sou estranho, você é comum e sou menos, sou culpa Ouço-lhe arredio, enquanto me ignora está certo Quem você pisa quem pode te derrubar Culpa é referencial.