Tag: poesia
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urbanas
A luz me acendeu O telefone me falou que eu ia Enquanto o jornal me lia Chamei a atenção da buzina – O cinema me veio – Um som me ouviu ao longe E a avenida andou depressa
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Idiotia
Os jovens experimentam a iconoclastia Até que se grite: EI! É claro que todo conservador de vinte anos é um idiota Que o senhor socialista é um idiota Que esse frasco é um idiota É claro que há corrupção É claro que uns sim, uns não Mas todos, todos, todos E décadas se passaram E…
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Influxo
De seus olhos de cristal líquido escorrem lâminas de retroprojetor. Saudades de um passado ético expostas num museu mítico. Se meus dedos teclam os emoticons mais precisos para te conquistar, vou ignorar a netiqueta: Quero carne, suor, olhares e ciberexcesso no blackout. Sabendo o peso do material eu sei que é mais legal, etc. e…
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Auge, Maria! – 6/5/2009
O contrário do não confunda é o não contunda, uma letra fazendo toda a diferença entre fazer alguma diferença e não fazer nada. A platitude na moldura onde deveria morar a latitude. Quem sabe umas letras poucas, que se embaralham, o confronto transforma-se em conforto. Ou uma palavra inteira: a velha zona vira a zona…
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O autor ou seu feito? – 8/4/2009
Além dos eclipses Cada coisa recebe um nome de alguém Sempre há um responsável Sejam de bom-gosto Sejam pródigas essas coisas, cruéis ou boas Sempre carregam um nome Sempre autoridade Sigam o nome Persigam a autoridade